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LOLÓ

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Os inalantes são substâncias psicoativas com efeito depressor do sistema nervoso central. Atuam rapidamente no cérebro após serem inaladas, afetando a coordenação motora, a percepção e o julgamento. Estão presentes em produtos como solventes, colas, tintas e etc.

HISTÓRIA E CONTEXTO NO BRASIL


O uso de inalantes como substâncias psicoativas tem registros desde o século XIX, quando o éter e o clorofórmio começaram a ser utilizados com finalidades recreativas em países europeus. No Brasil, a prática ganhou força especialmente a partir da década de 1980, com a popularização de produtos químicos de baixo custo, como o “loló” ou “lança-perfume”.


Essas substâncias são de fácil acesso, baratas e muitas vezes vendidas ilegalmente, o que contribui para seu uso frequente em contextos de vulnerabilidade social. Apesar dos riscos à saúde, os inalantes seguem sendo amplamente consumidos, especialmente entre jovens e populações em situação de rua.


FARMACOLOGIA


A inalação de solventes e gases provoca uma rápida absorção pelas mucosas respiratórias, chegando ao cérebro em segundos. Eles atuam deprimindo o sistema nervoso central, provocando alterações no funcionamento dos neurotransmissores, especialmente GABA e dopamina.


Os efeitos são de curta duração, geralmente de 5 a 20 minutos, o que pode levar ao uso repetido em sequência. A toxicidade varia conforme a substância e a frequência de uso, podendo afetar múltiplos órgãos.


EFEITOS


Efeitos desejados (doses baixas):


  • Euforia leve e sensação de bem-estar

  • Relaxamento e desinibição

  • Alteração sensorial e leve excitação

  • Alívio de ansiedade momentânea


Efeitos adversos (uso repetido ou prolongado):


  • Tontura, náuseas e vômitos

  • Falta de coordenação motora e fala arrastada

  • Perda de consciência ou desmaios

  • Danos ao sistema respiratório e nervoso

  • Crises convulsivas e risco de morte súbita por parada cardíaca


USO CRÔNICO E DANOS ASSOCIADOS


  • Danos permanentes ao cérebro, fígado, rins e pulmões

  • Redução da memória, atenção e capacidade de aprendizado

  • Dependência psicológica e sintomas de abstinência

  • Agravamento de quadros psiquiátricos e sociais

  • Maior risco de acidentes, quedas e lesões físicas


REDUÇÃO DE DANOS – CUIDADOS PRÁTICOS


  • Evite inalar em ambientes fechados
    Sempre prefira locais ventilados para reduzir o risco de asfixia.

  • Nunca inale por sacos plásticos ou garrafas
    O uso em recipientes pode aumentar a concentração do gás e causar sufocamento.

  • Faça pausas entre as inalações
    Evite usar várias vezes em sequência. Dê tempo ao corpo para metabolizar.

  • Evite misturar com outras substâncias
    Principalmente álcool ou depressores. A mistura aumenta o risco de parada respiratória.

  • Esteja com pessoas de confiança
    Caso algo aconteça, alguém precisa estar por perto para ajudar.

  • Se alimente e hidrate-se
    Isso ajuda o corpo a lidar com os efeitos tóxicos e a recuperar-se melhor.

  • Busque ajuda se sentir mal
    Dor no peito, tontura ou desmaio são sinais de alerta. Procure socorro imediato.


IMPORTANTE


Os inalantes são especialmente perigosos devido à sua toxicidade, curta duração e facilidade de acesso. A Redução de Danos busca oferecer estratégias para minimizar os efeitos nocivos, especialmente entre populações mais expostas e vulneráveis. Informar é uma forma de cuidar.

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