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ECSTASY/MDMA

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O MDMA é uma substância psicoativa com efeito estimulante e psicodélico, atuando no sistema nervoso central. Estimula a liberação de serotonina, dopamina e noradrenalina, promovendo alterações no humor, na percepção sensorial e na empatia. É consumido em comprimidos ou cápsulas.

HISTÓRIA E CONTEXTO NO BRASIL


O MDMA foi sintetizado pela primeira vez em 1912 pela indústria farmacêutica Merck, na Alemanha, mas passou a ser usado com fins recreativos apenas a partir da década de 1970, especialmente em contextos psicoterapêuticos e em festas.


No Brasil, começou a circular com mais força nos anos 1990, associado a festas eletrônicas, raves e cenas urbanas alternativas. Embora seja considerado droga ilícita desde 2001 (Portaria SVS/MS 344/1998), seu uso cresceu, sendo hoje uma das substâncias mais utilizadas em contextos recreativos noturnos. Boa parte do que é vendido como “ecstasy” no país pode estar adulterado com outras substâncias, como anfetaminas ou até fentanil, o que eleva os riscos.


FARMACOLOGIA


O MDMA é geralmente consumido por via oral e começa a agir entre 30 a 60 minutos após o uso, com efeitos que duram de 4 a 6 horas. Ele provoca liberação massiva de serotonina, além de dopamina e noradrenalina, o que explica seus efeitos eufóricos, afetivos e energéticos.


Após o uso, o organismo leva tempo para restabelecer os níveis naturais desses neurotransmissores, o que pode gerar uma “descida” marcada por cansaço, tristeza e irritabilidade.


EFEITOS


Efeitos desejados (doses baixas a moderadas):


  • Euforia e bem-estar

  • Aumento da empatia e do afeto

  • Facilidade de comunicação e contato físico

  • Estímulo à dança e à socialização

  • Aumento da sensibilidade tátil e sensorial


Efeitos adversos (doses elevadas ou adulteradas):


  • Náuseas, trismo (aperto da mandíbula), visão turva

  • Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial

  • Desidratação ou hipertermia (superaquecimento do corpo)

  • Insônia e perda de apetite

  • Ansiedade, paranoia ou confusão mental

  • Riscos de colapso térmico e convulsões (em ambientes muito quentes)


USO CRÔNICO E DANOS ASSOCIADOS


  • Baixa de serotonina e depressão nos dias seguintes ao uso ("descida")

  • Tolerância rápida, exigindo doses maiores para o mesmo efeito

  • Possível neurotoxicidade com uso frequente e prolongado

  • Risco aumentado de adulterações com outras drogas perigosas

  • Danos hepáticos, cardíacos e ao sistema nervoso central

  • Problemas de sono e memória com uso continuado


REDUÇÃO DE DANOS – CUIDADOS PRÁTICOS


  • Hidrate-se sem exagero
    Beba cerca de 500ml de água por hora, especialmente se estiver dançando. Água demais também pode fazer mal (hiponatremia).

  • Faça pausas para descansar
    Evite dançar por muitas horas seguidas. Pause, esfrie o corpo e respire ar fresco.

  • Evite doses altas ou repetidas
    Fracione a dose se possível. Evite "repetecos" no mesmo evento e mantenha intervalos de pelo menos 6 a 8 semanas entre usos.

  • Teste sua substância
    Use testes reagentes quando possível para verificar a pureza do comprimido ou cristal. Produtos adulterados são comuns e aumentam os riscos.

  • Não misture com outras drogas
    Combinar MDMA com álcool, estimulantes ou psicodélicos potencializa efeitos adversos e pode sobrecarregar o corpo.

  • Esteja com pessoas de confiança
    Se sentir desconforto, calor excessivo ou confusão, procure ajuda de alguém de confiança ou de equipes de cuidado presentes no evento.

  • Evite se for portador de condições médicas
    Pessoas com doenças cardíacas, hipertensão, epilepsia ou transtornos mentais devem evitar o uso de MDMA.


IMPORTANTE


A Redução de Danos reconhece que o uso de substâncias pode ocorrer por diversos motivos e busca garantir o acesso à informação, ao cuidado e à autonomia das pessoas. Usar com segurança é também um ato de autocuidado coletivo.

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