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O álcool etílico (etanol) é uma substância psicoativa com efeito depressor do sistema nervoso central, presente em bebidas como cerveja, vinho, cachaça e destilados. Atua no córtex cerebral e cerebelo, afetando funções motoras e julgamento. É a 3ª droga psicoativa mais consumida no mundo, após cafeína e nicotina.
HISTÓRIA E CONTEXTO NO BRASIL
O consumo de bebidas alcoólicas existe há mais de 9 mil anos, com registros históricos na Ásia e no Oriente Médio. No Brasil, povos originários já produziam bebidas fermentadas a partir de frutas, milho e mandioca.
A cachaça, bebida alcoólica destilada típica brasileira, começou a ser produzida no século XVI, durante o período colonial. Desde então, o álcool passou a ocupar um papel central na vida social e econômica do país. Seu comércio é legalizado, porém restrito a maiores de 18 anos, com proibição de uso em determinadas situações, como ao dirigir.
FARMACOLOGIA
O álcool é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal, principalmente no estômago e intestino delgado. Em minutos, atinge o sistema nervoso central, onde inibe neurotransmissores excitatórios como o glutamato e potencializa o GABA, neurotransmissor inibitório. Isso leva ao efeito depressor, com rebaixamento da atividade cerebral.
O pico dos efeitos ocorre entre 30 e 90 minutos após o consumo, variando conforme a quantidade ingerida, o metabolismo da pessoa, a presença de alimentos no estômago e a frequência de uso.
EFEITOS
Efeitos desejados (doses baixas a moderadas):
Relaxamento e sensação de bem-estar
Desinibição e aumento da sociabilidade
Redução da ansiedade
Alterações na percepção do tempo e do espaço
Efeitos adversos (doses altas ou uso prolongado):
Coordenação motora prejudicada, fala arrastada
Náuseas, vômitos e confusão mental
Mudanças bruscas de humor, comportamentos agressivos
Potencial para comportamentos de risco (como sexo desprotegido ou direção imprudente)
Intoxicação aguda (overdose), coma alcoólico ou morte
USO CRÔNICO E DANOS ASSOCIADOS
Hepatite alcoólica e cirrose hepática
Transtorno por uso de álcool (dependência química)
Danos ao cérebro e déficits de memória, especialmente em adolescentes
Aumento do risco de câncer, doenças cardiovasculares e pancreatite
Problemas familiares, laborais e sociais decorrentes do uso compulsivo
REDUÇÃO DE DANOS – CUIDADOS PRÁTICOS
Hidrate-se e alimente-se bem
Comer antes e durante o consumo ajuda a reduzir os efeitos negativos e a ressaca.Use devagar e conheça seus limites
Evite beber rápido ou grandes quantidades de uma só vez. Respeitar o ritmo do corpo reduz o risco de intoxicação.Não misture com outras substâncias
A combinação com medicamentos ou outras drogas pode intensificar efeitos indesejados.Evite dirigir ou realizar atividades perigosas
O tempo de reação e a coordenação ficam comprometidos.Esteja entre pessoas de confiança
Isso pode evitar situações de vulnerabilidade, violência ou exposição a riscos.Busque ajuda se necessário
Se o uso de álcool estiver causando sofrimento ou prejuízos, procure apoio profissional ou redes de cuidado.
IMPORTANTE
A Redução de Danos é uma abordagem de saúde pública que reconhece o uso de substâncias como parte da realidade social. O objetivo não é julgar ou exigir abstinência imediata, mas reduzir os riscos e ampliar o cuidado, promovendo saúde, autonomia e dignidade.
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